Os sacramentos da Iniciação Cristã

Tema 02 - 02/04/2011



Os sacramentos da Iniciação Cristã
“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20).
            Pelos sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia – são lançados os fundamentos de toda vida cristã. Falando a esse respeito assim se expressou o Papa Paulo VI: “A participação na natureza divina, que os homens recebem como dom mediante a graça de Cristo, apresenta certa analogia (semelhança) com a origem, o desenvolvimento e a sustentação da vida natural.

            Os fiéis, de fato, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade.” (Const. Ap. Divinae Consortium Naturae).

            O primeiro Sacramento da Iniciação é o Batismo, “fundamento de toda vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos e filhas de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.” (CIC).

“Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar vem da palavra grega ‘baptízein’ que significa: ‘mergulhar’, ‘imergir’; o ‘mergulho’ na água simboliza o sepultamento do catecúmeno (pessoa que é batizada) na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como ‘nova criatura’.” (CIC). (Cf 2Cor 5,17; Gl 6,15).

“Este sacramento é também chamado ‘o banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo’ (Tt. 3,5), pois ele significa e realiza este nascimento a partir da água e do Espírito, sem o qual ‘ninguém pode entrar no Reino de Deus’ (Jo 3,5).” (CIC).

            São Gregório de Nazianzeno, nos deixou uma linda explanação a respeito desse sacramento: “O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) Chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso.

Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus.” (Or. 40,3-4).

Por fim, ouviremos São Paulo: “Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova.” (Rm 6,3-4).

Viver em Cristo é a verdadeira vida, pois Ele mesmo disse: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15,5). E é justamente o Batismo, vivido em sua plenitude nos mandamentos da Lei de Deus, que nos proporciona essa graça da permanência no Senhor.

OBS: Todo sacramento contém, em si mesmo, a graça que o significa e confere esta mesma graça a quem o recebe dignamente. Os sacramentos comportam três elementos principais: O elemento visível ou Matéria: água, pão e vinho, óleo, etc.; a Forma ou Palavra que realiza o sacramento; e, a Pessoa do Ministro, que confere o sacramento, com o poder e a intenção de fazer o que manda a Santa Igreja.

Paz e Bem! 

O homem quem sou eu?

Catecumenato Crismal
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Núcleo Santa Marta

LEITURAS E ATIVIDADES PARA REPOSIÇÃO DAS FALTAS
obs: no final da página está a atividade, leia, faça e entregue ao seu catequista.

Tema 01- 26/03/2011



O homem: quem sou eu?
Por que viemos ao mundo?
Amar é nossa missão primeira aqui na terra
            Tudo começou assim: recebi um e-mail de uma jovem pedindo-me ajuda, pois precisava falar a um grupo a respeito da missão que assumimos neste mundo, e não sabia por onde começar. Foi interessante, porque era justamente sobre isso que eu havia refletido durante o “estudo da Palavra” naquela manhã. A partir do Evangelho de João 7, respondi-lhe, com base em minha reflexão, mais ou menos o que partilho aqui.
            Podemos partir do princípio de que somos filhos amados de Deus, criados por Ele, com amor e para amar. Digo inclusive para você que tem uma história difícil e sabe, por exemplo, que não foi esperado por seus pais; também nesse caso, a afirmativa não muda: Deus o quis! Por isso foi além da razão e dos planos humanos e o criou por amor. Consideremos ainda que, ao nos criar, o Senhor imprimiu em nosso ser o desejo de amar e ser amados, porque Deus é amor e nos fez à Sua imagem e semelhança. Fazer essa descoberta fundamenta a nossa fé e dá mais sentido à nossa existência.
            Jesus Cristo, o Homem mais famoso da história, impressionava multidões com Seus discursos e Suas obras, porque Ele sabia que era amado pelo Pai. Sabia de onde veio, qual Sua missão neste mundo e para onde iria.
            Portanto, creio que, como cristãos, uma de nossas prioridades, antes de pensar em realizar uma determinada missão, é descobrir quem somos diante de Deus, de onde viemos e para onde vamos. Com essa experiência, certamente vamos perceber também que amar é nossa missão primeira aqui na terra. Missão que pode ser expressa de várias maneiras, seja nos papéis que assumimos, seja nos relacionamentos que temos e em tudo mais que a Divina Providência nos permitir viver. No entanto, a essência do chamado não muda: Deus nos criou para amar.
            Por isso vai aqui uma dica: se hoje você percebe a necessidade de assumir uma missão, seja ela qual for, procure antes refletir sobre quem é você. Volte às suas origens, acolha sua história, por mais difícil que esta seja e reconcilie-se com ela. Sua história é seu alicerce. Lembre-se de que, na raíz da sua criação, está a iniciativa amorosa de Deus. Procure também rever sua vida hoje; analise suas atitudes, seus relacionamentos e suas escolhas, sempre considerando que Deus o criou para o amor. Reflita ainda a respeito das suas metas para o futuro, seus sonhos e ideais, lembrando que, neste mundo, tudo é passageiro e o que conta no final é o que somos e não o que fizemos.
            Aliás, corremos o sério risco de passar a vida fazendo coisas e nos esquecendo de sermos pessoas; e o que nos leva, muitas vezes, a isso é justamente o acúmulo de atividades que assumirmos, algumas até desnecessárias. Assim, naturalmente, lidamos com a pressa e a falta de tempo para quase tudo, inclusive para nos relacionarmos com nós mesmos, o que é fundamental para uma vida sadia.
            Por incrível que pareça, em nossos dias, ter uma agenda preenchida virou "status". É como se isso fosse garantia de utilidade no planeta. Mas Deus nos desafia a irmos além. O cristão precisa ter consciência de que não vale pelo que faz, mas sim pelo que é. Se para expressar o amor de Deus às criaturas, ele realiza obras neste mundo, ótimo. Conhecemos inúmeros testemunhos de pessoas que se tornaram imortais por seus benefícios expressos em obras. Mas pode observar que as obras consideradas imortais geralmente têm como base o amor.
            Recordo-me, por exemplo, de Santa Teresa de Lisieux, ela não realizou grandes feitos aos olhos humanos, nem edificou monumentos, tampouco tinha a agenda “lotada”. Viveu na clausura do Carmelo e morreu com apenas 24 anos. No entanto, foi eleita a Padroeira das Missões, doutora da Igreja e influencia até hoje a vida de inúmeras pessoas. Sabe por quê? Porque ela, desde cedo, fez a experiência do amor de Deus e assim descobriu sua missão. Sabia de onde veio, porque estava aqui na terra, e para onde iria. Ela mesma conta-nos, em em sua autobiografia, que desejava fazer muitas coisas por amor a Jesus, neste mundo, mas teve a graça de descobrir o essencial. "Percebi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça a todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei: Ò Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação... No coração da Igreja minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo".
            Quem dera cada um de nós também possa fazer essa experiência e, assim, encontrar o rumo certo para nossa missão como peregrinos aqui na terra. Já que fomos criados por amor e para amar, procuremos amar concretamente hoje. Como? Deus mesmo nos mostrará.

O homem e a mulher imagem de Deus
            Depois de apresentar o mistério do homem e da mulher, como seres capazes de solidão e de comunhão de amor, o autor sagrado, continuando a aprofundar o mistério do homem, faz uma afirmação ousada: nessa comunhão de amor o homem e a mulher são a imagem do próprio Deus, Ele próprio comunhão amorosa de pessoas, na comunhão trinitária: “Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou” (1,27). Ouçamos, ainda, o Santo Padre: “O homem tornou-se imagem e semelhança de Deus, não só pela sua própria humanidade, mas também pela comunhão de pessoas que o homem e a mulher formam desde o início. A imagem tem como função refletir o modelo, reproduzir o seu próprio protótipo.
            O homem torna-se imagem de Deus, menos no momento da solidão do que no momento da comunhão. Com efeito, desde a origem, ele não é só a imagem que reflete a solidão de uma Pessoa que rege o mundo, mas é essencialmente a imagem duma insondável comunhão divina de Pessoas” 3. O Deus de quem o homem é a imagem, não é um ser solitário, ainda que onipotente, mas uma comunhão de pessoas. A narração do Gênesis abre-nos para uma visão trinitária da imagem de Deus. Não é por acaso que, na revelação cristã, a união de amor entre Cristo e a Igreja é apresentada como comunhão esponsal, modelo definitivo e radical da união de amor entre o homem e a mulher.



ATIVIDADE 01
Leia o texto acima e faça um resumo de no mínimo uma lauda e entregue ao seu catequista de seu núcleo.
Obrigado,
A coordenação.